segunda-feira, 8 de março de 2010

Ensino de Artes Visuais e novos significados


Nosso estudo teve início com a reflexão sobre as tecnologias presentes nas salas de aula, em especial, de artes visuais. Que ferramentas estariam elencadas, historicamente, pelos professores, com o objetivo de ensinar artes visuais: quadro negro, giz, ilustrações, fotografias, filmes, materiais artísticos, etc.? Quais desses materiais ainda são utilizados pelos professores de arte, e quais, na atualidade, são abandonados em função de novos meios de propor a aula de artes?
As mídias contemporâneas possibilitam o ensino de artes a partir de novas maneiras de apresentar e trabalhar imagens, criando uma cultura digital, onde é necessário distinguir o instrumento, com o qual podemos experimentar novos modos de expressão, da linguagem, que exige exercício de percepção crítica da realidade. O processo de aprendizagem é contínuo, e não deve ser dicotimizado ou polarizado. O contexto de acesso à cultura digital envolve uma organização física, com máquinas e conexão à rede, mas também, com a possibilidade do indivíduo se constituir ativamente, como produtor, e não como mero consumidor.
Essa perspectiva levanta a questão da finalidade da proposição desse aprendizado: a significação construída nessa experiência deve envolver todo o contexto onde acontece.
A imagem da palmatória, apresentada como ferramenta pedagógica primordial, torna visível o estreito relacionamento entre os objetivos do projeto de ensino e as escolhas realizadas em sua concretização.
Haveria alguma maneira da palmatória ser utilizada na construção de outros significados, que não os seus tradicionais, dentro do contexto do ensino de artes visuais?
Uma possibilidade estaria no uso do objeto, em si, como referência plástica, dissociando-o de sua memória de violência e coerção. Em seguida ao levantamento dos relatos de estórias sobre o seu uso original, os estudantes poderiam ser solicitados a interferir plasticamente na imagem ou no próprio objeto, construindo outras estórias, com outros sentimentos, que suplantassem as anteriores. Um exercício plástico de apropriação e construção de sentido poderia ser recurso para um ensino de artes visuais fundamentado em finalidades libertadoras, ao invés de aprisionadoras.

(Como seria um plano de aula com essa proposta?
Ver Plano de Aula 1)

Um comentário:

  1. OI Celia ...
    Você poderia me dizer se tem alguma faculdade que eu possa fazer uma pos em escultura?agradeço se vc tiver alguma resposta!Obrigado...pode deixar a resposta no meu email ludo-viko@hotmail.com

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