segunda-feira, 24 de maio de 2010

E-Arte/Educação Crítica

Na superação de uma perspectiva de visão única, característica do positivismo/cientificismo, a cultura digital isto é, a tecnologia enquanto cultura, pode se constituir num novo paradigma pedagógico: o olhar de "estranhamento" para com as imagens como processo de tentar entender, num exercício cognitivo de agregar significados.

A partir do entendimento de cognição como ato de conhecer/perceber/conceber, a nova perspectiva busca proporcionar o contato direto com a experiência, ampliando o repertório cognitivo e a percepção da relação do estudante com o seu envolvimento (vivência). Uma questão atual seria entender como se dá o desenvolvimento cognitivo da mente digital.

No estímulo à vivência, a e-arte/educação crítica propõe atribuir, ao estudante, a responsabilidade por suas ações. A educação positivista se fundamentava na apresentação de respostas, o que não induzia o estudante ao movimento de busca que caracteriza o ato cognitivo. O questionamento é a chave para acionar o processo cognitivo, com o objetivo de, na elaboração de respostas à questão produzir o material "idéia". Em "Frames of Mind: The Theory of Multiple Intelligences", Howard Gardner define INTELIGÊNCIA como a solução de um problema em um determinado contexto. O contexto abarca o ambiente simbólico composto pela situação externa e, também, pela interna, pois quanto menor o repertório, menor é a capacidade de interpretação de códigos.



Nas experiência de interpretação dos diversos códigos, dentro do percurso escolar, o universo de repertório dos estudantes vai se ampliando e, consequentemente, sua capacidade de interpretação. A mediação desse processo pode influir para que os estudantes busquem soluções investigativas, num diálogo entre os discursos e os recursos midiáticos.

O professor que pretende desenvolver experiências sob essa perspectiva deve estar atento para a maneira como os jovens se apropriam das tecnologias como meio de expressão, e não apenas como ferramentas. O planejamento das ações educativas deve considerar se suas proposições estimulam o jovem a desenvolver o pensamento digital crítico a cerca de seu universo, utilizando das ferramentas tecnológicas como meio de apropriação, expressão e afirmação.

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